SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA E TREINAMENTO FÍSICO: EFEITOS EM PARÂMETROS MORFOFUNCIONAIS

Resumo

INTRODUÇÃO: O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da suplementação com creatina de parâmetros funcionais hepáticos, renais e musculares e parâmetros morfológicos do tecido adiposo.  MÉTODOS: Ratos Wistar machos foram submetidos a treinamento físico em esteira rolante por 8 semanas e suplementados com monohidrato de creatina (2g/kg de ração) por 4 semanas, os grupos foram dividos em quatro grupos: sedentários controles (S), sedentários creatina (SCr), treinados controles (T) e treinados creatina (TCr). Ao final do protocolo foram coletadas amostras de sangue, urina e tecidos hepático, muscular e adiposo. As dosagens  bioquímicas foram realizados por métodos colorimétricos e isolamento dos adipócitos pelo método de Rodbell. RESULTADOS: Não houve diferença no peso corporal, consumo de ração e hídrico entre os grupos. Embora os valores de creatinina sérica tenham sido maiores nos animais suplementados (SCr 1,35 ± 0,10 mg/dl e TCr 1,60 ± 0,13 mg/dl) comparados aos controles ( S 0,40 ± 0,05 e T 0,42 ± 0,04 mg/dl) estes valores são considerados normais. Os valores de albumina, proteínas e bilirrubina não diferiram entre os grupos. Os valores de glicogênio foram maiores nos animais suplementados em comparação aos controles. Os peso dos coxins adiposos  e os diâmetros celulares foram menores nos animais treinados mas a creatina não teve efeito sobre este parâmetro. CONCLUSÃO: A suplementação com creatina não prejudicou a função renal e hepática, melhorou o teor de glicogênio muscular e no fígado, mas não exerceu efeito sobre o tecido adiposo. Porém, o treinamento físico reduziu significativamente o diâmetro dos adipócitos.