MOTIVOS DE (IN)SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Resumo

Os acontecimentos e experiências da vida profissional que envolvem o dia-a-dia dos professores, o início da carreira até o momento da aposentaria ou do abandono da ação docente, pode provocar uma tensão no ambiente de trabalho, interferindo diretamente nas intervenções pedagógicas, na socialização docente, no compromisso e nas responsabilidades assumidas por estes sujeitos no contexto educacional. O estudo teve como objetivo principal investigar o nível de satisfação profissional dos professores de Educação Física. Sua amostra constituiu-se por 13 professores atuantes no Ensino Médio noturno das escolas estaduais da cidade de Chapecó/SC. Para coletar e analisar os dados, utilizou-se a "Técnica DIP-EF" e a "Avaliação de Conteúdo da Técnica DIP-EF" (GONZÁLEZ & LÓPEZ, 2002). Os resultados demonstram que 54% dos professores apresentam um nível voltado à satisfação profissional; 31% apresentam satisfação contraditória, e 15% mais insatisfação que satisfação. O principal motivo intrínseco de satisfação é a motivação demonstrada pelos alunos durante as aulas ministradas. Os motivos extrínsecos que embasam a insatisfação no trabalho dos professores foram: a desvalorização profissional, a falta de reconhecimento por parte dos outros profissionais e da sociedade, e a estrutura oferecida pela escola, seguida da má remuneração. Os motivos intrínsecos de insatisfação destacados pelos professores foram: a falta de interesse e de motivação dos alunos, a falta de incentivo à prática esportiva e de outras atividades físicas pelos próprios profissionais da área. Através dos resultados apresentados, pode-se concluir que, apesar da maioria dos profissionais apresentarem-se satisfeitos, um percentual expressivo do grupo mostra satisfação contraditória ou insatisfação profissional; que os motivos intrínsecos fundamentam a satisfação dos professores e os motivos extrínsecos, a insatisfação no espaço escolar.