CORPO EM RISCO NA DANÇA CONTEMPORÂNEA DE DÉBORA COLKER

Resumo

Este trabalho tem como objetivo identificar o corpo em risco na dança contemporânea de Deborah Colker. Fizemos uma análise do vídeo Mix (2000), junção de algumas coreografias dos espetáculos Vulcão e Velox, com atenção especial para a coreografia Alpinismo, na qual os bailarinos dançam num palco vertical cujo desejo de elevação, os corpos desses tentam frustrar o fenômeno de gravidade, a fim de subir até alcançarem o cume mais alto da criação inédita. O estudo é interpretativo, com abordagem qualitativa, apresentando como campo de investigação a companhia de dança contemporânea de Débora Colker. Concluímos que o corpo em risco construído numa produção de estética e beleza nos espetáculos de dança contemporânea de Deborah Colker a partir dos seus atores bailarinos, é uma das diferentes práticas sociais que envolvem o risco, próprio da sociedade contemporânea, que se utiliza do risco-aventura, conceito para o risco positivo, como um deslocamento importante dos sentidos modernos do risco o qual recupera a aventura como dimensão positiva do risco, chamado também por risco desejado, em que o prazer decorre do objetivo concretizado.