DINÂMICAS SOCIAIS DOS JOVENS. UMA VISÃO A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES E DAS PRÁTICAS DE TEMPOS LIVRES.

Resumo

Os tempos livres constituem uma questão central no âmbito das dinâmicas sociais que configuram a contemporaneidade dos jovens. As atitudes e comportamentos evidenciados nesses períodos são determinantes para a definição da respectiva identidade, formação e desenvolvimento (Cardwell & Darling, 1999; Fletcher; Nickerson & Wright, 2003; Munson & Savickas, 1998; Piko & Vazsonyi, 2004). Assim sendo, o objectivo deste estudo foi identificar as representações que os jovens têm sobre os tempos livres, averiguar as práticas desenvolvidas nesses períodos e examinar as implicações das mesmas para a sua formação. O estudo incidiu sobre 60 jovens que frequentavam o 9º ano de escolaridade em escolas públicas das cidades portuguesas de Braga e Coimbra, aos quais foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. A técnica de tratamento da informação utilizada foi a "análise de conteúdo" (Bardin, 1977; Creswell, 1994). Os tempos livres representam para os jovens liberdade e prazer. As actividades mais desenvolvidas são não estruturadas, predominando o ver televisão, uso do computador (video games) / Internet, praticar desporto e ouvir música. As razões mais apontadas para essas práticas são a diversão e o desenvolvimento de novas aprendizagens. Os contextos sociais onde elas se desenvolvem ocorrem junto aos amigos, solitariamente, com a família e em comunidade.