EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO NOS FATORES DE RISCO DA SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS COM LESÃO MEDULAR

Autores

  • ROSILENE AMARAL DA SILVA SOUZA
  • JOÃO PAULO CARDOSO DOS REIS
  • MOISÉS SANTA ROSA SOUZA
  • JOÃO MOREIRA BRITO

Palavras-chave:

lesado medular, síndrome metabólica, treino de força

Resumo

A lesão na medula espinhal reduz a autonomia, predispondo o indivíduo ao sedentarismo e consequentemente ao desenvolvimento da síndrome metabólica. A obesidade perivisceral, intolerância a glicose, resistência à insulina, baixo nível de HDL?C, níveis elevados de TG e hipertensão arterial, constituem os fatores de risco da enfermidade. O objetivo do estudo foi avaliar a influência do treino de força sobre os fatores de risco da síndrome metabólica em portadores de lesão medular. Foram avaliados 20 indivíduos do sexo masculino, portadores de lesão medular traumática abaixo de T7 (paraplegia baixa), divididos em dois grupos: (G1) grupo experimental com 8 participantes (massa corporal, MC, 75,58±5,11kg; %MG, 20,40±6,99; ) e o (G2) grupo controle com 12 integrantes (MC, 77,28 ±8,66kg; %MG, 23,45±2,83). Após a intervenção de doze semanas (3x/semana; 2–3series; 8 a 15 repetições) o G1 apresentou uma diminuição da circunferência abdominal (CA, 105,45±9,09cm vs 102,16 ±8,70cm), da MC (75,58±5,11Kg vs 73,40±4,98Kg) e da %MG (20,40±6,99Kg vs 18,62±6,17kg) para p<0,05, enquanto no G2 não se verificaram alterações. A massa isenta de gordura aumentou no G1 (28,48±433 kg vs 29,55±4,36kg, p=,000). Houve diminuição da pressão arterial sistólica (138,02±10,24mmHg vs 136,88±8,46 mmHg). Houve melhoria das concentrações séricas de colesterol total (228,63±27,84mg/dl vs 208,13±3,02mg/dl, para p=0,037), trigliceridos (201,5±5,40mg/dl vs 172,13±12,55mg/dl, para p=0,000), HDL(42,75±6,82 mg/dl vs 49,00±5,45mg/dl, para p=0,000), LDL (156,76±3,63mg/dl vs 144,45±19,78mg/dl. No G2 não se verificaram alterações. Os achados do presente estudo se alinham as evidências descritas na literatura acerca da importância do aumento dos níveis de força para a prevenção e controle dos fatores de risco da síndrome. Os resultados sugerem ainda, que o treinamento de força parece ser um importante aliado no enfrentamento da enfermidade, em especial para o lesado medular por se tratar de uma modalidade de treinamento perfeitamente adaptada a condição física individual, respeitando as limitações imposta pelo trauma.

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Como Citar

SOUZA, R. A. D. S., REIS, J. P. C. D., SOUZA, M. S. R., & BRITO, J. M. (2014). EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO NOS FATORES DE RISCO DA SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS COM LESÃO MEDULAR. Fiep Bulletin - Online, 84(1). Recuperado de https://fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/4349

Edição

Seção

TRABALHOS PUBLICADOS